O litoral sul da Bahia é cercado por belas praias de natureza exuberante
Fabiano Carvalho, agente de viagens da De Gabriele Travel Service, viajou recentemente com a sua esposa e um casal de amigos para Itacaré/BA. Como bons turistas, o casal vivenciou ótimas experiências que irão compartilhar com você. Fabiano contou como foi cada detalhe desta viagem incrível. Veja:
Eu e minha esposa resolvemos voltar para Itacaré. Já havíamos visitado a cidade há uns 3 ou 4 atrás, mas dessa vez, convidamos um casal de amigos para conhecer este lugar magnífico no litoral sul da Bahia. Pegamos um voo até Ilhéus. De lá, partimos de carro pela BA-001 por cerca de 70 km em uma estrada sinuosa, cheia de subidas e descidas. Uma aventura.
Chegando em Itacaré, mais uma vez me surpreendi como essa cidadezinha continua linda e aconchegante. Rapidamente, notei uma mudança. A rua Pedro Longo, mais conhecida como “Rua da Pituba”, foi fechada apenas à noite, facilitando a locomoção de pedestres pelo local, sem precisar se preocupar com carros e motos que passavam na via o tempo todo.
Desta vez, escolhemos ficar hospedados na “Vila do Dengo”, uma pousada que fica a apenas duas quadras da charmosa Pituba. O local é lindo, com muito verde, café da manhã delicioso e um staff extremamente simpático. Em especial, o meu obrigado ao Sr. Geraldo que nos colocou nos excelentes apartamentos superiores, espaçosos e silenciosos. Os apartamentos eram conjugados, mas isso não prejudicou em nada nossa estada na Vila do Dengo que, aliás, é uma ótima opção para grandes famílias.
Além disso, o que falar do pão integral produzido lá mesmo na pousada? Uma delícia! As frutas, os sucos naturais regionais, o bolo de cenoura com calda de chocolate, tudo maravilhoso. Eles merecem os nossos elogios.
Esta é a rua principal da cidade de Itacaré. É ali que tudo acontece, principalmente no período da noite. A maioria das lojas e restaurantes funcionam apenas no período da tarde/noite, até aproximadamente às 22h. Em alguns bares, a balada começa depois que a Pituba “fecha”. Confesso que não participamos das baladas, preferimos dormir e aproveitar o destino desde cedo, mas para quem gosta, o “Favela” está lá com seu DJ, fazendo a festa. Detalhe: ninguém paga nada para curtir.
Os principais restaurantes estão localizados na Pituba. Logo na primeira noite, queríamos comer camarão. Depois de subir e descer a rua olhando restaurantes e cardápios expostos na entrada, decidimos parar no restaurante “Espaço Brasil”. Adoramos tanto o lugar que voltamos lá mais duas vezes. O camarão com abacaxi é simplesmente maravilhoso. Um atendimento de primeira, comida boa servida com qualidade, apresentação muito bonita e rápida.
No restaurante “Mediterrâneo Itacaré”, comemos um maravilhoso filé mignon ao molho de gorgonzola com penne aos 4 queijos. Sempre com aquela musiquinha ao vivo para embalar o delicioso jantar.
Ainda na Pituba, comemos uma deliciosa pizza no Sabor de Napoli, com aquela massa fininha e crocante de maçã verde com gorgonzola, que roubou a cena.
Por dois dias, almoçamos no restaurante “Pousada Lacabana”, onde existe uma comidinha caseira feita com muito amor por uma família de paulistanos que se apaixonou por Itacaré. Foi ali que fiquei caído pela deliciosa farofa de banana da terra na manteiga. Uma deliciosa opção para quem quer gastar pouco e comer bem.
“Itacarezinho restaurante”: Aqui, o almoço foi de rei e rainha, de frente para a praia de Itacarezinho com a brisa do mar. Restaurante refinadíssimo, comida muito bem preparada e com uma apresentação de dar água na boca. O restaurante funciona à base de consumação que parte de R$ 100,00 por pessoa (preço de outubro/2019). Comemos um delicioso bobó de camarão de tirar o “toque blanche” (chapéu utilizados por chefes de cozinha).
E o que falar da sobremesa? Só comendo para saber.
Chega de falar de comida, isso aqui parece mais um blog de culinária do que de viagem. Falando das praias de Itacaré, todas são lindíssimas, existem as praias “urbanas” que ficam na parte da cidade. Contam com barracas, restaurantes, guarda-sol, cadeiras de praia e espreguiçadeiras. Há ainda as praias em que fazemos trilhas para chegar e essas são as mais lindas, passamos por rios, cachoeiras, pedras, penhascos e tirando a praia de Itacarezinho, as outras não possuem restaurantes.
Elas contam com barracas rústicas de praia que servem petiscos, porções, sucos, água de coco, cerveja, refrigerante e, em alguma delas, é possível comer um peixe na brasa com a deliciosa farofa de banana. Ops, olha eu falando de comida de novo.
O acesso à praia é feito por trilha. Deixamos o carro no estacionamento e partimos para uma das trilhas mais íngremes que temos em Itacaré, mas que é recompensada por uma belíssima praia com o Rio Jeribucaçu desaguando bem ali na sua frente, de um lado água doce, do outro água salgada.
De Jeribucaçu, em uma pequena caminhada pelas pedras com trilha, você chega na praia do Arruda, onde é possível ver os maravilhosos peixinhos nas piscinas naturais (vou ficar devendo essas fotos).
Nesse dia, conferimos duas praias na mesma trilha: paramos o carro na entrada da trilha de Havaizinho e partimos em direção a mais um paraíso de Itacaré. Sentamos sobre a sombra de coqueiros e desfrutamos de uma deliciosa água de coco geladinha, com uma boa faixa de areia (na maré baixa) para você pegar aquele sol. É possível ir de Havaizinho para Itacarezinho pela trilha e, é lógico que fizemos isso.
Chegando em Itacarezinho (a maior praia), você pode escolher ficar na sombra dos coqueiros ou ir para o Itacarezinho Restaurante (o que escolhemos).
As praias de lá são todas de “mar aberto”, então, é necessário estar atento às ondas e a maré, pois a trilha de volta não pode ser feita na maré alta. Como tínhamos parado o carro na entrada de outra trilha, fomos obrigados a partir a pé por um trecho de rodovia, além de enfrentarmos a subida do restaurante Itacarezinho.
Caso você não seja tão “roots”, é possível ir de carro até o estacionamento do restaurante e evitar a subida, mas irá perder todo o encanto das trilhas.
A trilha se inicia na praia da Ribeira (urbana). Essa foi a única praia que contratamos um guia local para nos acompanhar, com custo de R$ 60,00, pois ela possui algumas bifurcações no caminho. Distraídos com tanta beleza, facilmente podemos nos perder no caminho. A prainha conta apenas com uma barraca (rústica), que oferece água de coco, refrigerante, cerveja e espetinho de queijo coalho. Considere levar seu lanche para passar o dia.
Você caminha quase o tempo todo em meio a mata fechada, cruza um rio e começa a descer rumo à prainha.
A recompensa é a vista linda de umas das mais belas praias do nosso litoral.
Reservamos ainda um dia para curtir as praias “urbanas”, mas nesse dia a chuva não nos deu opção a não ser pegar uma piscina de leve e dormir um pouco.
Agora, você deve estar pensando: “E como eu faço com crianças pequenas e/ou bebês, visto que tudo se faz através de trilhas?”. Posso te garantir que se você tiver disposição para caminhada e um bom “canguru”, irá conseguir levar os pequenos com tranquilidade, inclusive, em umas das trilhas passamos por uma turista estrangeira que estava levando dois filhos no canguru, um na frente e outro atrás.
É recomendado levar na mochila água e lanches rápidos para fazer durante o dia e nas trilhas, principalmente se a intenção for passar o dia todo na mesma praia. E, não se deixe enganar pela sombra dos coqueiros, use bastante protetor solar porque o sol lá é forte. Leve sempre dinheiro para as praias, pois nem todos os estabelecimentos aceitam cartão.
Para finalizar, fomos ainda a Camamu, onde alugamos uma lancha para visitar a península de Marau, mas isso é uma outra história. Nesse nosso roteiro, ficou faltando conhecer a praia da Engenhoca e as cachoeiras que não tivemos tempo. É Itacaré, acho que vamos nos ver de novo em breve!