Aressa Baffi, agente de viagens da De Gabriele, embarcou rumo ao Chile com o seu filho João Rafael
Santiago, no Chile, reserva vários lugares incríveis para os turistas. Muitas pessoas acreditam que a melhor época para visitar a cidade é no inverno, mas isso não é verdade. No verão, também é possível apreciar as belezas da capital chilena e conhecer locais históricos e encantadores, incluindo o litoral. Quer saber mais sobre como aproveitar Santiago no verão? Confira o relato da nossa agente de viagens, Aressa Baffi.
A maioria das pessoas, quando pensam em Santiago, imaginam as montanhas todas branquinhas e já cogitam fazer algum passeio para ver a neve, não é mesmo? Mas, eu não pensei duas vezes quando apareceu uma promoção para a capital do Chile no verão. Embarquei bem no início de 2020 com o meu filho João Rafael e fiquei encantada com todas as cores que vi por lá.
Seis dias em Santiago e arredores foi um ótimo período. É claro, sempre fica faltando alguma coisa, o que acaba sendo uma boa desculpa para voltar. Comecei, literalmente, pelo começo, com aquele City Tour básico para conhecer um pouquinho sobre a história e curiosidades do País – sempre recomendo!
Depois, de metrô, fiz um típico passeio dominical no parque Quinta Normal, que é enorme e abriga vários museus, porém, só fui ao Museu Histórico. Atravessando a avenida, existe outro museu bem interessante para a criançada: o Artequim, o prédio dele já é uma atração. No parque, há muitas barracas de comidas de rua, chafariz para as crianças se refrescarem, lago com pedalinho: tudo que você precisa num lindo domingo de sol. Ah, e não pode faltar o refresco típico de lá – o Mote com Huesillo, uma bebida à base de pêssego e trigo.
Para o 2º dia, escolhi conhecer o litoral. A primeira visita foi em Valparaíso, cidade portuária, patrimônio cultural da humanidade e importante para a vida política do país, já que o congresso Nacional do Chile fica lá. O recomendado é fazer o passeio com um bom guia para aproveitar bem e apreciar a arte de rua escutando a história local. É lá também que fica uma das casas do poeta chileno Pablo Neruda, mas como segunda-feira é o dia que fecha todos os museus do país, não consegui visitar.
Depois de uma caminhada pelos morros (Cerros como é chamado lá), a van pegou o grupo e nos levou para ver os animais que rodeiam o mercado de peixe: pelicanos, gaivotas e leões marinhos, que conseguimos ver bem na pontinha da praia. Seguimos com o tour até Viña del Mar que parece mais moderna, ruas mais largas e cheia de flores, inclusive o famoso relógio de flores com o nome da cidade, lugar disputadíssimo para fotos. O almoço foi de frente para a praia Reñaca, e aproveitei para caminhar na areia e molhar os pés no mar do Pacífico, água mega friaaa!
Chegamos em Santiago no final do dia e, deixando os turistas hospedados no centro, nos deparamos com as manifestações. Elas ainda ocorrem na cidade todo fim de tarde na Plaza Itália, que até já se reivindicavam mudar de nome para Plaza de la Dignidad. Às sextas-feiras o movimento é ainda maior. Evite essa região nesses horários e curta a cidade sem medo.
Que tal um tour pelos Andes com direito a estrada de 29 curvas cheias de muita beleza e uma lagoa natural incrível? Esse é o passeio a Portillo no verão, onde não vamos brincar na neve, mas podemos chegar bem pertinho da lagoa del Inca e curtir alguns momentos de puro contato com a natureza. O recomendado é fazer esse passeio através de uma agência com guia e, principalmente, motorista especializado, pois essas estradas não são para qualquer um.
Fizemos paradas importantes para foto, como: ter um pedacinho da Argentina na foto representado pela montanha mais alta fora da Ásia, o Aconcágua e a placa “bem vindos a Santiago” quase na divisa com a Argentina.
Não dá para ir a Santiago e não visitar os cerros: San Cristóbal e Santa Lucía, importantes pontos turísticos na cidade. Fiz tudo no mesmo dia e andei um “tantão”, além de usar o metrô, que é super tranquilo, seguro, limpo e tem várias linhas que te levam a quase todos os pontos turísticos da cidade.
Comecei pelo teleférico que leva até o Cerro San Cristóbal. A estação fica em Providência, perto do hotel que estava hospedada e fui caminhando. A subida de teleférico leva em torno de 10 minutos e na bilheteria você já pode comprar os ingressos de ida e volta combinada ou não com o funicular, que a estação é no Bairro Bela Vista, próximo ao centro. Fiz assim, depois de passear pelo Cerro e tirar algumas fotos nos mirantes, desci de funicular.
O Cerro Santa Lucía é um marco histórico na cidade. Aos seus pés, foi fundada oficialmente a cidade por Pedro de Valdívia, que também rebatizou o monte. É um parque bem arborizado no centro da cidade, a subida é feita caminhando mesmo, mas é um passeio agradável. Na frente do parque tem a feira de Santa Lucía, ótimo lugar para compras de souvenirs.
O último dia de passeio foi para Cajón del Maipo, no Termas Valle de Colina, passeio mais esperado pelo meu filho. Acordamos às 5h para chegarmos cedo no local, evitando multidões. E o retorno, fora do horário de pico em Santiago. Por isso, sempre fazem a primeira parada para um café da manhã no meio do caminho para aqueles que não conseguiram tomar no hotel. Nesse tour, a parada foi numa espécie de hotel, com chalés para locação, inclusive uma mini fazendinha com lhamas, carneiros, cabras e pavão. Também fazem paradas no caminho para fotos, explicações geológicas e históricas. Aqui não pode faltar a foto com o vulcão San José ao fundo, um dos milhares de vulcões do país.
Chegamos nas Termas por volta das 11h, onde já tinha algumas pessoas, mas na hora de ir embora, já estava bem mais cheio. São 7 piscinas que variam a temperatura. A última é a mais fria, por volta dos 30°, subindo em média 5° em cada uma, chegando aos 60°, a mais quente. O tour termina com um piquenique e algumas agências fazem lá mesmo no Termas. A nossa fez no mesmo lugar da parada do café da manhã. É um passeio incrível: o contato com a natureza, as imagens são fascinantes, João acertou em cheio ao escolher esse lugar.
Esse dia rendeu muito! Na chegada do tour, ainda passei no shopping Parque Arauco, em Las Condes. Como os dias no verão são longos, a cidade escurece depois das 21h, por isso, é possível aproveitar muito a cidade. Quando escureceu, fui ao Luzes da China, um evento itinerante. Tive a sorte de estar na cidade enquanto eles também faziam temporada lá.
No dia do retorno, ainda conseguimos aproveitar a parte da manhã. Não podia faltar uma visita em uma das casas de Pablo Neruda. No total, são 3 no Chile, a de Santiago é a la Chascona, todas elas fazem parte da Fundação Pablo Neruda, que conta a história do poeta e sua importância para o país. No final do passeio, é possível combinar um almoço ou um lanche no Patio Bellavista, o centro gastronômico da cidade, que fica bem pertinho. Tenho muito mais a contar sobre essa viagem, mas o texto ficaria ainda maior.
Para mais detalhes, venha tomar um café comigo na De Gabriele!